Analise: Splinter Cell: Conviction - PC

Genero: Espionagem e ação


Desenvolvedor: Ubisoft


Distribuidor: Ubisoft


Conviction possui modo Multi-Player


Tempo para vicio: 20 minutos


Lançamento: 27 de abril de 2010


Também disponivel para: X360

É um jogo para qualquer gamer

Splinter Cell Conviction chega recheado de novidades...

Conhecido como um jogo de espionagem, Splinter Cell Conviction chegou a assustar alguns fãs de longa data do game quando foi anunciado. O jogo ganhou algumas caracteristicas de jogos de ação que deixaram os jogadores antigos meio intrigados quanto ao jogo. Porem, apesar de diferente, podemos afirmar que Splinter Cell Conviction superou as espectativas após o Double Agent e fez bonito pra muitos titulos por ai, já que as inovações deram um novo ar a franquia. 

Mas não, não se assuste. Splinter Cell não se tornou um jogo de ação, muito longe disso. Foi adicionado muito mais mobilidade a seu personagem, adicionaram também mas ação ao jogo, mas que fique claro, andar por ai armado e atirando para todos os lados é morte na certa, então, mesmo com novidades e um jogo repleto de ação, perambular a vista de todos os inimigos só lhe resultara em queda e em retorno ao ultimo check-point.

Novo ar ao jogo...

Apesar de um belo jogo de Stealth - "camuflagem, disfarce" numa tradução livre - é inegavel que as adições de elementos de ação renovaram a franquia criando o melhor jogo da série até aqui. Mas como dito acima, nada de sair atirando a torto e a direita, apesar da ação, ela tem que ser realizada com cautela, e tudo deve ser levado em consideração. Aqui, existem 3 formas basicas de matar, uma delas é matar sem ser detectado, esta é padrão na série, e muitas vezes é o mais recomendado. Obviamente da para usar armas e explosivos, este é a segunda opção de eliminação, na qual você vai atirar em alguem, o grande problema disso é que se tiver outro inimigo na sala eles verão sua posição, mas de qualquer forma, é uma boa pedida.

Tiro e queda...

O terceiro e novo modo de eliminação é mais automatico e deve ser usado com mais cautela ainda. Você simplesmente marca dois inimigos e os elimina automaticamente, ou seja, marcou, teclou o botão e, são dois a menos. Tentativa de deixar o jogo automatico demais? Não... Para poder ter essa funcionalidade, você deve matar um inimigo discretamente primeiro - sem uso de armas de fogo - então após o eliminar, você poderá usar o tal recurso. Ao utilizar, ele novamente desaparece, sendo preciso você eliminar novamente outro inimigo e ai sim poder usa-lo novamente.

Mas tudo deve ser estrategicamente já prevendo o proximo passo. O que quer dizer que nem sempre a opção de marcar e executar vai estar disponivel ou a mesma será a mais aplicavel no momento, os inimigos não são idiotas e sabem muito bem fazer uma varredura no local, então, nada matar de forma aleatória, a menos que queira ser metralhado. 

Mantenha-se escondido...

Algo realmente muito interessante no jogo é a forma do mesmo te dizer que você está invisivel. Então, não espere nenhuma barrinha de barulho ambiente ou seu barulho, a tela é praticamente limpa. Quando você estiver andando pelas sombras e não puder ser notado, o jogo ficará preto e branco, retomando a cor assim que alguma luz aparecer e você ficar visivel. Felizmente, você pode criar pontos de sombras atirando nas luzes, isso facilita bastante sua descrição...

Foi visto? Não corra livremente que você morrerá, aparecerá uma "marca d'agua" com sua aparencia demarcando que foi ali que os inimigos te viram pela ultima vez, e eles vão verificar bem se você não esta ali, jogando granadas e atirando, não te acharam lá? Vão continuar espertos, caçando você por ai. Ao ser detectado, é bom ter um local de sombra ou cobertura na qual você possa ficar escondido ou numa boa posição para eliminar algum oponente com tiros certeiros, mas ai depende de você.

Alem dos pontos de sombras, o sistema de cobertura faz bonito pro jogo. Praticamente qualquer coisa no cenario é suficiente pra você se esconder, enquanto estiver pressionando o botão, você está invisivel, exceto claro, quando o inimigo passa por lá. Você pode ir de um ponto de cobertura a outra ficando em grande parte das vezes protegido, tudo ajuda muito na sua descrição. 

Quando trabalhava para o governo, você tinha um cabo ótico para ver entre as portas, mas aqui você não trabalha para o governo, o que quer dizer que você vai ter que improvisar. Em muitos momentos, dar uma olhada no que tem atrás da porte é uma boa pedida, justamente por que pode ter um inimigo lá te esperando, e ao ser detectado, todos vão ir atrás de você, então, atenção... 

Não conseguiu o que queria do inimigo? Arranque dele!

Mais um das grandes adições de Splinter Cell Conviction. Splinter Cell Conviction não segue diretamente a história de Double Agent, aqui, o mesmo foi traido por sua agencia e não trabalha mais pro governo. A grande sacada aqui é vingança. Pra se vingar de alguém, você precisa saber onde ele está e para saber, você tem que perguntar, já que precisa de informação. Encontrou um inimigo e ele não abre o bico? Faça ele falar.  Como você faz isso? Torturando ele. As ações são variadas e depende do lugar que você está, dependendo também do animo do Fisher no momento. As primeiras cenas já mostra como o barato funciona, na qual você poderá destroçar um ambiente jogando a cabeça do inimigo nos lugares. Então, use sua criatividade pra ferrar com os inimigos, com certeza, é bem divertido. 

Mesmo com um clima "sério", o jogo tem alguns pontos que te fazem soltar umas boas risadas. Se você for calmo, você chegará em alguns pontos onde os inimigos estarão lá tranquilamente conversando sobre você. Alguns soltam comentarios de respeito, dizendo que você é perigoso e que eles devem estar atentos. Outros são mais metidos e dizem que ali é o ultimo lugar que você iria querer estar, por que se você pintar por ali vão te matar, enfim, é algo divertido em Splinter Cell Conviction

Splinter Cell não faz feio em seus dados tecnicos, ambientes bem detalhados, personagens em alto detalhe e uma fisica interessante fazem parte de Splinter Cell. É muito real ver Sam Fisher executar os interrogatórios da forma que ele executa, mostrando também o brilhantismo da fabricante na quebra dos itens na tela e fazendo uma CG jogavel. A narrativa da história ficou muito legal, do inicio ao fim, ela com certeza faz o jogador se interessar para continuar o jogo, apesar de uma história um pouco comum, a forma com que tudo acontece e o encaixe que o final do jogo da para a mesma, deixa o jogador animado para jogar uma segunda vez, já que captara melhor os detalhes... 

São poucos, mas irritam bastante...

É, sempre os velhos problemas... A versão pra computador ficou mais pesada do que deveria. Computadores até superiores ao requerimento minimo não rodam Splinter Cell satisfatóriamente, e infelizmente, durante a analise, diminuir os efeitos para minimo ou deixar no maximonão gerava ganhos significativos na taxa de quadros por segundo. Isso está acontecendo com cada vez mais frequencia, sua causa normalmente é uma má conversão para PC, o que é um puro desrespeito com o consumidor, já que temos jogos lançados para X360 e PC - como Mass Effect 2 - que temos graficos incriveis e foram bem convertidos.

Os inimigos se enquadram em dois problemas. O primeiro, apesar de te ajudar, tira um pouco a realidade do jogo. Se tiver 3 inimigos no mesmo ambiente e você eliminar um discretamente e outro notar segundos depois, eles vão se comunicar, dará aviso para os outros e se organizando na defesa. Eles ficam trocando informações de forma constante. Até ai tudo bem, porem, ao eliminar o segundo inimigo da mesma sala, o unico sobrevivente continua a trocar informações "com ele mesmo", dizendo o que ele vai fazer a seguir, como se ele vai manter posição ou vai varrer a area. Como obviamente ele não estará falando sozinho, deixa claro que é uma "artimanha" pra facilitar sua vida, o que não fica legal para o jogo. 

Com a dificuldade aumentando, os inimigos vão defender suas areas mais vitais, como região da cabeça e peito, e muitas vezes, tentar dar um tiro certeiro na cabeça não é uma opção por conta da proteção. Como normalmente estão com coletes a prova de balas, acaba restando as pernas dos inimigos. O grande problema é que muitas vezes você acerta no inimigo e o tiro passa por ele. Principalmente se você querer o eliminar o mais rapido possivel pra ele não gerar alarde em todo mundo. Você desfere uma série de tiros e muitos deles não geram danos. Isso pode atrapalhar e até causar sua morte em alguns casos. 

Com certeza! Conviction conseguiu agradar praticamente gregos e troianos, trazendo elementos de ação a um jogo de espionagem, porem, nenhum dos dois em excesso. Todas as adições forem positivas e melhoraram muito a série. Apesar de simples, a história de Splinter Cell ajuda em sua continuação. Então, vá correndo jogar, e se surpreender com mais um belo lançamento de 2010.